Todos os dias, mais de 200 000 pessoas migram para as cidades, forçando os centros urbanos de todo o mundo a optar por soluções verticais. Mas será que à medida que as cidades crescem em altura, se tornam também mais inteligentes?
Todos os dias, mais de 200 000 pessoas migram para as cidades, forçando os centros urbanos de todo o mundo a optar por soluções verticais. As cidades enfrentam a difícil tarefa de tornar os seus meios urbanos mais inteligentes. No entanto, no coração das cidades inteligentes há edifícios inteligentes.
Apesar de ser necessário equipamento inteligente para que um edifício seja inteligente, não basta ter apenas excelentes elevadores, escadas rolantes, etc. Para que as pessoas se possam deslocar de forma inteligente nas cidades, são também necessárias tecnologias inovadoras e planeamento especializado do fluxo de pessoas.
“Quantas mais pessoas existirem num edifício, mais soluções inteligentes de transporte serão necessárias”, afirma Marja-Liisa Siikonen, Diretora de Planeamento de People Flow.
Marja-Liisa Siikonen gere uma rede internacional de especialistas em planeamento de tráfego na KONE, que ajuda os clientes a planear e implementar o melhor produto de People Flow®, muito antes de existirem as plantas de um edifício.
DEFINIR AS BASES
Por exemplo, no quarto edifício mais alto do mundo, o hotel Makkah Clock Royal Tower, em Meca, na Arábia Saudita, a fase de planeamento do edifício demorou mais de sete anos e a equipa de Siikonen fez centenas de revisões de análise de tráfego para o cliente.
Devido ao local onde se encontra, junto à Masjid al-Haram, a maior mesquita do mundo (com capacidade para até dois milhões de pessoas), o objetivo do cliente era garantir que até 75 000 pessoas pudessem sair dos sete edifícios através do pódio de forma organizada e pontual, para cada momento da oração, que se realiza cinco vezes por dia.
Além de um estudo minucioso das soluções ideais de fluxo de pessoas (que se traduziu em mais de 320 unidades de elevador e escadas rolantes no pódio e nas torres), a KONE implementou um software especial de controlo de grupos com inteligência artificial para aprender e realizar um acompanhamento dos padrões de tráfego de passageiros, com o intuito de otimizar o fluxo de pessoas.
SOLUÇÕES INTELIGENTES
Foi também utilizada uma combinação das soluções de planeamento de fluxo de pessoas da KONE e inovações tecnológicas de muitos dos projetos multiusos recentes (edifícios que incluem uma mistura de espaço residencial e comercial com espaço para hotel e escritórios) de todo o mundo. O edifício Leadenhall, o último ícone arquitetónico adicionado à paisagem urbana de Londres, é um bom exemplo disso.
“Para edifícios multiusos, os sistemas de controlo inteligente da KONE, como o KONE Destination, permitem que os elevadores deem prioridade ao serviço em determinadas partes do edifício em horas de ponta”, afirma Siikonen. Assim sendo, num edifício misto (que inclua um hotel e escritórios), enquanto a maioria dos hóspedes de um hotel estará ausente provavelmente durante o dia, a maioria dos trabalhadores dos escritórios está presente durante o dia e ausente durante a noite.
CODIFICAÇÃO PARA SERVIÇOS MELHORADOS
O algoritmo de atribuição do KONE Destination procura as melhores rotas para que os elevadores respondam a uma chamada de destino. O algoritmo pode identificar as melhores rotas para os elevadores numa questão de milissegundos. As decisões de atribuição ótima de chamadas garantem pouco tempo de espera aos passageiros e tempos de viagem mais curtos, graças à medição dos tempos de paragem e de movimento do elevador. O sistema KONE Destination também prevê viagens de passageiros individuais.
“Ao comparar um sistema de elevador convencional com o KONE Destination, pode dizer-se que o sistema convencional é como um autocarro e o KONE Destination é como um táxi, que o leva ao seu piso de destino de forma mais rápida, sem paragens desnecessárias em outros pisos”, comenta Siikonen: uma deslocação ascendente eficiente numa realidade urbana vertical.